A compreensão de Contos d’Escárnio não poderia restringir-se à construção do horizonte no qual nasce, o século XX. A intenção de escrever lixo e bestagem, anunciada pelo narrador, aos poucos, revela um grotesco vindo de um longínquo, de um aquém. Por isto, faz-se necessário também compreender o fluxo histórico-estético que encontra acolhida na imaginação de Hilda Hilst, cujo amparo conceitual buscou-se à estética da recepção e do efeito. Na Teoria Estética, o feio insurge como fenômeno da realidade artística contemporânea; refúgio de sobrevivência da arte e dos belos escritos, deixa livre à plasticidade do presente a tarefa da denúncia da realidade. Em protesto, o dissonante reivindica cidadania e se mantém como possibilidade da arte. Neste sentido, tem lugar em Hilda Hilst a atualidade do grotesco. 4v426
Front Matter / Elementos Pré - textuais / Páginas Iniciales | Preview | |
Introdução | Preview | |
Capítulo I - Hilda Hilst no fluxo da espera: recepção e efeito produtivo no fluxo das obras literárias | Preview | |
Capítulo II - Hilda Hilst no fluxo do grotesco: o horizonte histórico de textos grotescos | Preview | |
Capítulo III - Hilda Hilst no fluxo da consciência: o horizonte estético de Contos d’escárnio | Preview | |
Considerações finais | Preview | |
Referências | Preview |