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Esta obra apresenta o estudo realizado na primeira comunidade quilombola reconhecida em Santa Catarina, Invernada dos Negros, que se localiza nos municípios de Campos Novos e Abdon Batista, no Meio Oeste catarinense. Para a municipalidade, as localidades que compõe o território denominam-se Manuel Cândido, Espigão Branco, Arroio Bonito e Corredeira, mas para os moradores é a Invernada dos Negros em que estão presentes laços de parentesco, sociabilidade e religiosidade, descendência de africanos escravizados, além do o à terra transmitido através de testamento. “Invernada dos Negros: história e luta de uma comunidade negra rural” apresenta o protagonismo dos negros e, para tal, descreve o contexto, o cenário em que viviam/vivem. Trata-se de um histórico de invisibilidade da comunidade, sem o a condições dignas de sobrevivência, e como os moradores, ao longo dos anos, foram perdendo seu território, desde 1928, quando um advogado e alguns legatários entraram com uma ação de divisão de terras. Através do laudo, de documentários e atas da associação, fica claro como alguns costumes dos anteados não foram preservados, entretanto, nem por isso os moradores deixaram de ser/se identificar como negros. Ao relatar a falta de políticas públicas e condições a que os negros foram submetidos pós-1888 ou as dificuldades dos moradores da comunidade Invernada dos Negros, a autora busca contextualizar os pontos de partida dessas pessoas que lutaram por seus direitos, resistiram a esse cenário inicial, sem vitimizá-los. 3a3b