É possível apreender cientificamente a discriminação? Que desafios complexos devem ser enfrentados nesta iniciativa? Para responder a estas perguntas, são necessárias estratégias metodológicas capazes de identificar e medir a discriminação. Apresentar as ferramentas disponíveis e discutir suas potencialidades e limitações são os objetivos deste livro. “Há vasta literatura que documenta a influência deletéria de processos discriminatórios na relação estabelecida entre profissionais de saúde e pacientes, na prescrição de tratamentos medicamentosos ou de outros procedimentos cirúrgicos e terapêuticos, assim como na própria satisfação dos usuários com o atendimento prestado”, afirmam os autores. Eles apresentam o tema em perspectiva histórica, desde antes da década de 1920 até os dias atuais. Também descrevem os principais métodos hoje utilizados para mensurar a discriminação, como experimentos laboratoriais; experimentos de campo; análises de dados observacionais e experimentos naturais; e análise de indicadores. Sublinham as peculiaridades do contexto brasileiro e chamam atenção, por exemplo, para casos em que os tratamentos injustos estão tão internalizados que discriminadores e discriminados não identificam aquelas situações como problemáticas, considerando-as normais e naturais. 3f6r3y
Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales | ||
Apresentação | ||
1. Perspectivas Históricas sobre a Discriminação como Objeto de Pesquisa Científica | ||
2. Como Medir a Discriminação? | ||
3. Como Está Sendo Aferida a Discriminação no Âmbito da Saúde Pública e da Epidemiologia? | ||
4. Desafios Metodológicos para a Mensuração da Discriminação Interpessoal no Brasil | ||
5. É Possível Medir a Discriminação, Mesmo? | ||
Sugestões de Leitura | ||
Referências |