Este livro é uma investigação antropológica sobre a relação dos Xikrin com os bens industrializados e mercadorias, que procura assumir um ponto de vista no qual a perspectiva dos índios ocupa a posição de figura e não de fundo. Ele tem a pretensão de mostrar que o desejo dos Xikrin pelos objetos que lhes são estrangeiros não é espúrio, inautêntico e exótico; ao contrário, é a expressão de um propósito e de uma história absolutamente (e, portanto, relativamente) indígenas. Seu objetivo é fazer uma descrição etnográfica dos "estranhos pedidos", ou seja, daquilo que vim a designar pela expressão 'consumismo xikrin' (sua grande demanda por dinheiro e bens), partindo do pressuposto de que tais pedidos não devem ser estranhos da perspectiva xikrin. O que é esse ponto de vista, que efeitos realiza na relação dos Xikrin entre si e com o nosso mundo - são as questões que propõe responder. 1e3y
Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales | ||
Agradecimentos | ||
Convenções | ||
Prefácio - A indigenização da mercadoria e suas armadilhas | ||
Mapa | ||
Apresentação | ||
1 - No mundo das mercadorias | ||
2 - Etnologia mebêngôkre | ||
3 - Guerra e paz do Araguaia ao Cateté | ||
4 - O fim das guerras | ||
5 - Tempos do dinheiro | ||
6 - Da fera ao ferro: aquisição | ||
Caderno de imagens | ||
7 - Irmão (des)conhece irmão: circulação | ||
8 - Dinheiro selvagem | ||
9 - Fazer o belo: consumo | ||
10 - Nomes, nêkrêjx e mercadorias | ||
Considerações finais: virando branco? | ||
Referências bibliográficas | ||
Anexos | ||
1 - Dados populacionais Xikrin do Cateté | ||
2 - Narrativas | ||
3 - Terminologia de parentesco (básica) |