O interesse da autora em relação ao livro A via crucis do corpo, de Clarice Lispector, lançado em 1974, deve-se, num primeiro momento, ao fato de o mesmo ter sido considerado uma "obra menor", um "desvio" ou, até mesmo, um "lixo", quando comparado às demais publicações da autora, por ter sido escrito "por encomenda", "às pressas", num período em que a escritora ava por dificuldades financeiras. Buscando suscitar elementos que permitam a (re)avaliação dessa visão, Nilze Reguera apresenta uma leitura da obra sob a perspectiva da encenação, considerando como a simulação ("parecer" e "não-ser") e a dissimulação ("não-parecer" e "ser") se entrelaçam no texto. 3g1n5u
Front Matter / Elementos Pré-textuais / Páginas Iniciales | ||
Prefácio | ||
Apresentação | ||
Explicação | ||
Parte I - “Uma escritura perturbadora” | ||
1. A produção de Clarice Lispector no cenário nacional | ||
2. A ficção Clariciana no cenário dos estudos literários: a recepção crítica de A vida crucis do corpo | ||
3. A atuação da escritora e da escritura: uma "explicação" | ||
4. Maneiras de (se) ler e de (se) escrever: as edições de A via crucis do corpo | ||
Parte II “Atos de uma encenação” | ||
5. O palco do espetáculo | ||
6. Primeiro ato: a (des)construção do sujeito (autor/narrador/ “texto”/leitor) | ||
7. Segundo ato: a (des)construção da escrita | ||
8. Terceiro ato: a (des)construção da história | ||
Referências bibliográficas | ||
A via crucis do corpo: a encenação de uma escritura |